Pilhas de lixo inundam as ruas de Havana e cubanos mergulham para buscar comida

Enquanto o regime comunista cubano continua construindo hotéis de luxo para os poucos turistas que vão à ilha, a população cubana vive uma grande crise de tudo.

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Enquanto o regime comunista cubano continua construindo hotéis de luxo para os poucos turistas que vão à ilha, a população cubana vive uma grande crise de tudo. Ao sair desses hotéis, não é possível deixar de notar os acúmulos de lixo em aterros sanitários espalhados pelas ruas.

Há décadas, o regime tem se esforçado para esconder do exterior que o serviço público da ilha é praticamente inexistente. As cidades, especialmente a capital Havana, enfrentam uma inundação de lixo nas ruas, onde famílias submersas na miséria e na pobreza vasculham em busca de sustento.

Devido à escassez de veículos de coleta de lixo e à crise de combustíveis, os moradores se acostumaram a viver entre o lixo.

O fato desses resíduos trazer uma grande quantidade de mosquitos não é a única coisa, pois eles também devem resistir, na medida do possível, ao mau cheiro. Mas, recentemente, o regime criou uma “alternativa” à coleta de resíduos: a queima do lixo durante a noite.

A fumaça gerada pela queima de resíduos, contudo, causa irritação nos olhos, dor de cabeça, náuseas e problemas respiratórios nos moradores da região, uma vez que se espalha para dentro de suas residências.

Dada a ineficiência do Estado cubano em prestar serviços essenciais ao seu povo, a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, também tem causado grande preocupação entre os cubanos, que viram os casos da doença explodir nas últimas semanas.

Para piorar, os postos médicos da ilha não têm os recursos necessários para tratar a doença adequadamente, muito menos uma simples diarreia que as famílias podem desenvolver ao comer comida do lixo.

“Estamos à beira de uma catástrofe humanitária em Cuba porque a crise econômica, a crise alimentar, tem suas repercussões na crise sanitária: se não há nem laxantes para dar a uma pessoa! Doenças que são simples e podem ser facilmente controladas, tornam-se pragas e é isso que está acontecendo em Cuba”, disse Omar López Montenegro ao Martí Noticias.

O depósito de lixo nas ruas ainda desenvolveu um outro perigo sanitário aos cubanos, que foi revelado quando tempestades escancararam o mau estado do sistema de esgoto de Havana, criando um cenário verdadeiramente desolador.

O regime, no entanto, não se moveu para drenar a água e recolher o lixo, e os próprios moradores precisaram fazer o serviço. Em certos locais, o cenário continua o mesmo.

“Eles não recolhem o lixo, não drenam aquelas poças, nenhum médico passa pelas casas. Não tem nem spray para combater esses mosquitos”, desabafou a ativista Irma Broek.

O regime frequentemente procura terceirizar sua completa ineficácia, culpando os Estados Unidos por tudo de ruim que acontece na ilha. Enquanto isso acontece, a elite castrista continua se consolidando no poder.

Gabriel Ferrigno
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Gabriel Ferrigno

Jornalista independente e OSINT que já cobriu diversas guerras em tempo real, como a Guerra da Ucrânia, em 2022, e a guerra entre Israel e o Hamas, em 2023, bem como vários outros acontecimentos pelo mundo, como o lockdown na China durante a pandemia.

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