Um novo relatório de um think tank de Washington calculou que a pandemia de COVID custou aos Estados Unidos mais de US$ 18 trilhões em danos econômicos.
O relatório, divulgado nesta segunda-feira, 8, pela Heritage Foundation, um think tank conservador, disse que a pandemia trouxe uma série de danos ao povo americano, incluindo mortes, perda de renda, problemas crônicos de saúde, problemas de saúde mental, interrupção de tratamentos de câncer, perdas na educação e muito mais.
“A pandemia de COVID afetou de forma impressionante os EUA, tanto em termos de vidas humanas quanto em termos de economia”, diz o relatório.
“Os danos estimados em US$ 18,007 trilhões são um lembrete gritante do impacto de longo alcance desta crise global de saúde neste país”, acrescentou.
Os autores do relatório fazem parte da Comissão Apartidária sobre China e COVID, formada pelo próprio think tank, e que tem em seu plantel nomes como John Ratliffe, ex-diretor de inteligência nacional, e Robert Redfield, ex-diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Por outro lado, o relatório destaca que, embora o governo chinês não seja o único responsável pela propagação do vírus, a forte e veemente oposição chinesa à “honestidade, transparência e responsabilidade” sobre o vírus e sua propagação antes e depois do início do surto é “única”.
“Em comparação com qualquer outra coisa, esse tipo de comportamento do governo chinês é a ‘origem mais próxima’ da pandemia”, diz o relatório.
Dessa forma, a Comissão acredita que o regime chinês deve fornecer compensações pelos danos causados aos Estados Unidos.
O relatório recomenda que o Congresso busque maneiras de expandir a jurisdição dos tribunais federais dos EUA para responsabilizar indivíduos ou instituições chinesas por meio de litígios civis nos EUA, bem como estabelecer uma força-tarefa para fornecer as reparações aos cidadãos.
Contudo, um dos maiores obstáculos para processar o governo chinês é a Lei de Imunidades Soberanas Estrangeiras dos EUA, que afirma que governos estrangeiros não estão sujeitos à jurisdição dos tribunais americanos, exceto em circunstâncias excepcionais.
A Comissão então recomenda ao Congresso que remova a imunidade de governos estrangeiros em certas circunstâncias, como é o caso da pandemia.