O regime chavista na Venezuela criou barreiras para o registro eleitoral no exterior, onde apenas 70 mil venezuelanos estão aptos a votar, o que representa apenas uma pequena fração dos 8 milhões de venezuelanos que fugiram do país nos últimos anos, segundo dados da ONU.
Dos oito milhões de venezuelanos fora do país, cerca de cinco milhões são maiores de idade e deveriam votar nas eleições do dia 28 de julho, mas apenas 69.211 poderão votar, segundo Estefania Parra Anselmi, coordenadora Internacional da Voluntad Popular e membro do comando que agrupa os opositores que residem na Espanha.
Segundo a Plataforma de Coordenação Interinstitucional para Refugiados e Imigrantes da Venezuela, grupo que pertence à Organização Internacional para as Migrações (OIM), existem quase 3 milhões de refugiados e imigrantes venezuelanos na Colômbia.
A maioria deles, no entanto, não está apta a votar devido às dificuldades de se registrarem e ao alto custo de obterem documentos, como passaporte válido, que lhes permitiriam votar no exterior.
As organizações de vigilância eleitoral que trabalham a favor de María Corina Machado e Edmundo González temem que Maduro não aceite o resultado ou manipule os votos, pois consideram o regime como aquele que “recorre à trapaça e à fraude”.
Milhares de parlamentares e representantes de todo o mundo, especialmente europeus e latino-americanos, viajarão até a Venezuela para acompanhar o processo eleitoral e validar sua transparência.