Após vencer as eleições, Coalizão comunista quer imposto de 90% sobre os ricos na França e pode levar país ao colapso econômico

O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, condenou a arriscada política de impostos e gastos da esquerda, alertando para uma crise financeira caso ela seja implementada.

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Após conseguir a maioria no Parlamento francês, a coalizão Nova Frente Popular (NPF), uma união de última hora entre comunistas e a extrema-esquerda, quer criar um imposto sobre a riqueza e implementar um congelamento artificial dos preços da gasolina.

Segundo a ideia radical da coalizão de extrema-esquerda, o novo imposto seria de 90% sobre qualquer rendimento anual acima dos 400 mil euros, o que pode levar a uma migração histórica de ricos da França que pode levar o país ao colapso econômico, segundo relatório da UK Express.

Desde a vitória dos extremistas na semana passada, há um aumento de pessoas demonstrando interesse em migrar para países vizinhos, como Espanha e Suíça, e os números devem saltar se o governo comunista conseguir implementar tal imposto sobre a riqueza.

O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, condenou a arriscada política de impostos e gastos da esquerda, alertando para uma crise financeira caso ela seja implementada.

“O risco mais imediato é uma crise financeira e o declínio econômico da França”, disse. “A aplicação do programa disruptivo da Nova Frente Popular destruiria os resultados das políticas que perseguimos durante sete anos (…) Este projeto é exorbitante, ineficaz e datado. Sua legitimidade é fraca e circunstancial. Não deve ser aplicado.”

A coalizão conseguiu a maioria dos assentos nas eleições na semana passada, com 188 assentos, mas não atingiu os 289 assentos necessários para ter uma maioria na Assembleia Nacional.

Com uma grande instabilidade política desde que Macron dissolveu o Parlamento para convocar eleições antecipadas em uma manobra para se manter no poder, não está claro o rumo que a França irá tomar, mas a coalizão comunista insistiu que implementará seu conjunto radical de ideais.

Manuel Bompard, do partido de extrema-esquerda France Unbowed, que faz parte do NPF, disse: “O presidente deve nomear como primeiro-ministro alguém da Nova Frente Popular para implementar o programa do NFP, todo o programa e nada além do programa”.

Resta saber se o FPN como um todo chegará a um acordo com outros partidos para formar maioria, ou se partes mais moderadas da coalizão se dividirão em um acordo com os centristas.

Entre outras medidas radicais da extrema-esquerda do NPF estão o controle de preços do gás, da eletricidade e dos alimentos essenciais; a redução da idade de aposentadoria de 64 para 60 anos; o aumento do salário do setor público; o forte investimento na transição forçada para a energia verde e no aumento do Estado

Gabriel Ferrigno
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Gabriel Ferrigno

Jornalista independente e OSINT que já cobriu diversas guerras em tempo real, como a Guerra da Ucrânia, em 2022, e a guerra entre Israel e o Hamas, em 2023, bem como vários outros acontecimentos pelo mundo, como o lockdown na China durante a pandemia.

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