O chavismo ordenou, desde segunda-feira, 22, o bloqueio de três meios de comunicação venezuelanos, em uma ação expressa de censura antes das eleições.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Imprensa (SNTP) informou que os meios bloqueados foram El Estímulo, Runrunes e TalCual, bem como o site da associação civil Medianálisis, que considerou “uma escalada contra a liberdade de imprensa, expressão e informação”.
A maior coalizão da oposição, a Plataforma Democrática Unida (PUD), condenou nesta terça-feira, 23, a censura do regime de Maduro.
“Continuar censurando a mídia é uma medida daqueles que sabem que estão perdidos e procuram restringir o acesso à informação”, diante das eleições, disse a PUD.
Desde o início da campanha eleitoral de Maduro, que se iniciou em 4 de julho, 10 portais foram censurados, incluindo organizações de notícias e sem fins lucrativos, segundo a ONG Espacio Público.
Além disso, a oposição tem denunciado em massa que o regime chavista colocou “obstáculos” no sistema do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela para o credenciamento de fiscais, que acompanharão em massa a votação nas eleições presidenciais de 28 de julho.
A coalizão Plataforma Unitária afirma ter registrado mais de 90.000 testemunhas, mas alegou dificuldades técnicas que impediram a obtenção das credenciais necessárias para exercer a sua função.
Os partidos elegem os seus próprios fiscais, que devem garantir o bom andamento do processo eleitoral e denunciar irregularidades, quando houver.