Coreia do Norte executou publicamente 30 alunos do ensino médio por assistir filmes sul-coreanos

Em junho, o regime já havia condenado à morte dois jovens de cerca de 17 anos pelo mesmo motivo.

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As autoridades do regime comunista norte-coreano executaram publicamente cerca de 30 alunos do ensino médio por assistir filmes sul-coreanos contrabandeados para o país em um pendrive, disse a TV Chosun.

Segundo a Chosun, no mês passado, um grupo de desertores norte-coreanos que reside na Coreia do Sul enviou para o Norte um balão contendo folhetos e um pen-drive com filmes sul-coreanos, que são estritamente proibidos pelo regime comunista.

Os objetos foram encontrados por estudantes norte-coreanos, que os compartilharam com outros colegas de classe. No entanto, após uma denúncia, o caso foi descoberto pelo regime, que prendeu os estudantes envolvidos e os sentenciou à morte.

De acordo com um comunicado do governo, “(…) cerca de 30 estudantes do ensino médio que foram pegos assistindo a um drama através de uma unidade USB foram fuzilados publicamente na semana passada”.

A primeira-dama da Coreia do Sul, Kim Keon-hee, se reuniu com desertores norte-coreanos e lamentou profundamente os relatos das execuções: “Os relatos de 30 estudantes do ensino médio executados por assistirem filmes sul-coreanos mostram a realidade cruel da Coreia do Norte”, disse ela.

Em junho, o regime já havia condenado à morte dois jovens de cerca de 17 anos pelo mesmo motivo.

Os panfletos com informações e notícias enviados clandestinamente para o Norte por desertores no Sul receberam a orientação direta de Kim Jong-un para serem “destruídos assim que forem descobertos”, uma vez que “podem ser vetores para a entrada de vírus”, alegação que Kim faz desde 2020.

O envio de itens através de balões ocorreu após a Coreia do Norte enviar ao Sul diversos balões contendo lixo e fezes humanas em “retaliação” às tentativas do Sul de entregar ajuda aos norte-coreanos.

Gabriel Ferrigno
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Gabriel Ferrigno

Jornalista independente e OSINT que já cobriu diversas guerras em tempo real, como a Guerra da Ucrânia, em 2022, e a guerra entre Israel e o Hamas, em 2023, bem como vários outros acontecimentos pelo mundo, como o lockdown na China durante a pandemia.

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