As autoridades norte-coreanas anunciaram que estão fechando todos os restaurantes com máquinas de karaokê, alegando que são “fantoches e focos do capitalismo”, segundo a RFA.
Apontando que o karaokê faz parte de uma “invasão cultural” da Coreia do Sul, que muitas vezes é pejorativamente referida como um regime fantoche dos Estados Unidos, o regime de Kim Jong-un disseram que comer enquanto canta com máquinas de karaokê é “uma expressão da cultura ocidental podre e da cultura de marionetes”, disse um morador da província de Pyongan do Norte, no noroeste do país.
“Restaurantes que produzem comida, álcool e festas são ‘focos do capitalismo'”, disse ele. “Os restaurantes que se enquadram nessa categoria devem fechar ainda este mês”.
A notícia chocou os donos de restaurantes e as pessoas comuns. Principalmente porque os karaokês em restaurantes no país continham apenas músicas norte-coreanas, e não músicas sul-coreanas.
Além disso, as pessoas que saem para cantar juntas são os únicos tipos de entretenimento permitidos, uma vez que ouvir música ou assistir a filmes e programas de televisão da Coreia do Sul são proibidos, disse um morador da província de Hamgyong do Norte.
O regime do ditador norte-coreano proíbe várias outras atividades ou moda vistas como influenciadas pela arqui-inimiga Coreia do Sul ou por sua cultura capitalista, como usar calça jeans, determinados penteados, ver filmes e ouvir músicas do exterior, dançar e cantar “como um sul-coreano”, carregar bolsas e mochilas no ombro, e várias outras coisas.