O superintendente estadual de Oklahoma determinou nesta quinta-feira, 27, que todas as escolas públicas ensinem a Bíblia e tenham um exemplar em cada sala.
“A Bíblia é um documento histórico necessário para ensinar nossos filhos sobre a história deste país, para ter uma compreensão completa da civilização ocidental, para ter uma compreensão da base do nosso sistema jurídico e, francamente, estamos falando da Bíblia, um dos documentos mais fundamentais usados para a Constituição e o nascimento do nosso país”, disse o superintendente Ryan Walters ao anunciar a política.
Com efeito imediato, as escolas de Oklahoma devem incorporar a Bíblia como parte dos currículos do quinto ao 12º ano, segundo um memorando do superintendente enviado a todos os distritos escolares.
As escolas são instruídas a se referir à Bíblia e aos Dez Mandamentos por sua “influência substancial sobre os fundadores de nossa nação e os princípios fundamentais de nossa Constituição”.
“Espera-se um cumprimento imediato e rigoroso”, acrescenta a nota.
Algumas organizações criticaram a decisão, como a Americans United for Separation of Church and State, que entrou com um processo para bloquear a nova lei da Louisiana que exige que os Dez Mandamentos sejam exibidos em escolas públicas.
“Walters está abusando do poder de seu cargo público para impor suas crenças religiosas aos filhos de todos os outros”, disse Rachel Laser, CEO do grupo, no comunicado.
A implementação de Walters ocorre uma semana depois que o governador de Louisiana, Kevin Stitt, aprovou um pacote de regulamentos apresentados por Walter que incluíam tempo para oração nas escolas e expandir os “valores fundamentais” para reconhecer um “Criador”, bem como a existência do bem e do mal.
O pacote também previa o ensinamento dos Dez Mandamentos em todas as escolas públicas do estado. Opositores também entraram com uma ação para impedir a implementação do estatuto.