Estado Islâmico fará um retorno “aterrorizante e pode haver outro 11/9”, alerta ex-chefe da CIA

Segundo Morell, a temperatura geopolítica do mundo é semelhante ao que o mundo sentia antes de a Al-Qaeda lançar dois aviões contra o World Trade Center, matando mais de 3 mil pessoas.

61
0

O Estado Islâmico fará um ressurgimento em solo americano que pode resultar num desastre tão terrível quanto o atentado contra as Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001, disse Michael Morell, ex-diretor da CIA, ao jornal The Sun.

Segundo Morell, a temperatura geopolítica do mundo é semelhante ao que o mundo sentia antes de a Al-Qaeda lançar dois aviões contra o World Trade Center, matando mais de 3 mil pessoas.

O chefe da inteligência, que informou o ex-presidente Bush na manhã do trágico dia e derrubou Osama Bin Laden durante o governo Obama, acrescentou que os líderes devem agir agora para evitar que uma atrocidade semelhante ocorra novamente, o que pode ocorrer até no Reino Unido.

“O sentimento na Casa Branca de Bush e na CIA depois do 11/9 é que nunca mais podemos deixar isso acontecer”, disse ele. “Precisamos fazer tudo o que pudermos para proteger a América. Precisamos recuperar um pouco desse sentimento agora para nos proteger”, acrescentou.

O alerta segue a informação de que centenas de imigrantes ilegais ligados ao Estado Islâmico entraram nos Estados Unidos sob o governo Biden. Alguns foram detidos e deportados, enquanto outros permanecem com a localização totalmente desconhecida das autoridades.

O Estado Islâmico ressurgiu das cinzas reivindicando territórios no Iraque e na Síria em 2014, mesmo ano em que os Estados Unidos iniciaram a Operação Inherent Resolve, que visava obliterar o culto à morte dos terroristas.

Como parte disso, o ISIS-K, que é um braço letal da organização terrorista que atua no Afeganistão e no Paquistão, na área historicamente conhecida como Khorasan, foi criado.

O chefe da CIA afirma que a ameaça que o Ocidente enfrenta atualmente começou com a retirada desastrosa das tropas americanas do Afeganistão em 2021. Ele disse: “Deixar o Iraque criou a base para a ameaça do EI originalmente”.

“E agora a saída do Afeganistão criou a base para a criação da ameaça ISIS-K na Europa Ocidental e nos Estados Unidos.”

Contudo, o ex-diretor alertou que a ameaça do ISIS-K é ainda mais crível para o Reino Unido.

“A ameaça para a Europa é ainda maior do que nos EUA, ainda maior do que o que dizemos que é para os EUA”. Ele acrescentou que o ISIS-K já tentou isso na Europa Ocidental e atacou a Rússia por duas vezes esse ano.

Gabriel Ferrigno
ESCRITO POR

Gabriel Ferrigno

Jornalista independente e OSINT que já cobriu diversas guerras em tempo real, como a Guerra da Ucrânia, em 2022, e a guerra entre Israel e o Hamas, em 2023, bem como vários outros acontecimentos pelo mundo, como o lockdown na China durante a pandemia.

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.