Extrema pobreza em Cuba atinge 90% da população, diz novo estudo.

Da mesma forma, sete em cada dez cubanos deixaram de tomar café da manhã, almoçar ou jantar por falta de dinheiro ou escassez de alimentos.

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O “paraíso socialista” fabricado por militantes de esquerda enfrenta um problema grave. A pobreza extrema atingiu 89% da população em 2024 em meio ao agravamento da crise humanitária sofrida na ilha, segundo um novo estudo do Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH).

De acordo com os dados do VIII estudo “O Estado dos Direitos Sociais em Cuba”, divulgado nesta terça-feira, 16, o problema é consequência de “como a crise alimentar, a escassez de medicamentos e o desemprego atingiram milhões de cubanos, diante do desempenho desastroso do governo”.

Neste ano, a reprovação à gestão econômica e social do Partido Comunista Cubano cresceu cinco pontos em relação ao relatório do ano passado e atingiu um recorde de 91%.

Apenas 3% dos cubanos veem as políticas econômicas e sociais do líder comunista Miguel Díaz-Canel como um “modelo” a ser seguido.

“Esses dados refletem a situação de pobreza, escassez de alimentos e remédios e precariedade dos serviços públicos básicos que sobrecarregam milhões de famílias cubanas. A grave situação dos direitos sociais, juntamente com a repressão e a pouca confiança no futuro, está na raiz da crescente dissolução migratória que está sendo experimentada”, disse o OCDH sobre os resultados do estudo.

“Essa questão também deve provocar reflexão na América Latina, onde não poucos políticos e acadêmicos aceitaram acriticamente a propaganda do governo cubano sobre seu idílico modelo social, alguns chegando a propô-lo para seus próprios países. O povo cubano precisa de mais pessoas na região comprometidas em acompanhá-lo na construção de uma sociedade livre e justa”, enfatizou o estudo.

Além disso, cerca de 72% dos cubanos consideram que o principal problema nacional é a crise alimentar, seguida de apagões (55%) e inflação ou custo de vida (50%).

Da mesma forma, sete em cada dez cubanos deixaram de tomar café da manhã, almoçar ou jantar por falta de dinheiro ou escassez de alimentos. Apenas 15% dos entrevistados conseguiram fazer três refeições por dia sem interrupção.

A “potência médica” cubana, como o próprio regime tenta promover, recebeu a avaliação negativa de 89% dos cubanos; 33% não conseguem comprar medicamentos devido ao seu preço ou escassez, enquanto apenas 2% conseguiram obtê-los nas farmácias.

Gabriel Ferrigno
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Gabriel Ferrigno

Jornalista independente e OSINT que já cobriu diversas guerras em tempo real, como a Guerra da Ucrânia, em 2022, e a guerra entre Israel e o Hamas, em 2023, bem como vários outros acontecimentos pelo mundo, como o lockdown na China durante a pandemia.

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