Franco-atirador da polícia tirou foto de atirador 51 minutos antes do atentado

Segundo o Beaver Countian, um jornal local, o plano de operações de segurança colocou cada um dos três atiradores de elite dentro do prédio olhando pelas janelas em direção à manifestação, sem nenhum estacionado no telhado por “falta de mão de obra”.

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Um franco-atirador da Unidade de Serviços de Emergência do Condado de Beaver relatou ao Centro de Comando que o atirador Thomas Crooks foi visto “rastejando” no chão e depois subindo no telhado da fábrica com uma mochila cerca de 51 minutos antes dele tentar matar Trump.

Segundo o Beaver Countian, um jornal local, o plano de operações de segurança colocou cada um dos três atiradores de elite dentro do prédio olhando pelas janelas em direção à manifestação, sem nenhum estacionado no telhado por “falta de mão de obra”.

Várias fontes policiais locais alegaram que a falta de mão de obra e o “planejamento extremamente pobre” colocaram a vida de Trump em perigo.

Donald Trump sofreu a tentativa de assassinato às 18h11, cerca de 8 minutos após ter subido ao palco. Contudo, o franco-atirador já tinha classificado ele como suspeito às 17h30.

Poucos minutos depois, um policial da Unidade de Serviços de Emergência do Condado de Beaver procurou Crooks no local indicado pelo franco-atirador, mas ele tinha saído de lá.

Por volta das 17h45, cerca de 26 minutos antes do tiroteio, o mesmo policial do Condado de Beaver avistou Crooks pela segunda vez, agora voltando ao local com uma mochila e caminhando aos fundos da fábrica. O Centro de Comando foi informado.

Quando Trump subiu no palco, às 18h03, Crooks ainda estava no chão e ainda não havia subido no telhado do galpão, segundo uma reportagem de TV local.

Segundo a CBS News, quando policias chegaram para checar a situação, Crooks havia subido no telhado e estava posicionado “acima e atrás dos atiradores dentro do prédio”.

Segundos antes de Crooks abrir fogo, um policial foi até o telhado da fábrica, mas caiu de lá quando o atirador apontou o fuzil para ele.

Às 18h11, Crooks disparou o primeiro tiro contra Trump a cerca de 130 metros de distância, raspando sua orelha e matando um participante do comício.

Contudo, Crooks já havia levantado suspeita da polícia cerca de três horas antes, às 15h daquele dia, quando passou pela área de triagem de segurança com um telêmetro, que é um dispositivo semelhante aos binóculos usados por caçadores e atiradores de alvo para medir distâncias para tiros de longo alcance.

O FBI planeja entrevistar membros da Unidade de Serviços de Emergência que estavam no local ainda esta semana.

Novas fotos também revelaram um detonador e do celular do Crooks na cena do crime. Um controle remoto cinza de 12 botões e um telefone “mais novo” foram recuperados no local.

O detonador estava conectado a artefatos explosivos encontrados dentro do carro de Crooks, já que os investigadores sugeriram que ele planejava encenar uma distração antes de abrir fogo.

Gabriel Ferrigno
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Gabriel Ferrigno

Jornalista independente e OSINT que já cobriu diversas guerras em tempo real, como a Guerra da Ucrânia, em 2022, e a guerra entre Israel e o Hamas, em 2023, bem como vários outros acontecimentos pelo mundo, como o lockdown na China durante a pandemia.

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