Governador progressista da Califórnia segue estados conservadores e articula a proibição de celulares nas escolas

Newsom, que tem quatro filhos em idade escolar, disse que trabalharia com os legisladores estaduais para reduzir o uso do celular durante as aulas no estado mais populoso do país.

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O governador democrata Gavin Newsom solicitou a proibição estadual do uso de smartphones nas escolas da Califórnia, em conjunto com um esforço nacional crescente para conter o cyberbullying e a distração nas salas de aula.

Newsom, que tem quatro filhos em idade escolar, disse que trabalharia com os legisladores estaduais para reduzir o uso do celular durante as aulas no estado mais populoso do país.

Sua diretriz foi emitida após um apelo do cirurgião-geral dos Estados Unidos, Dr. Vivek Murthy, e pouco antes de os membros do conselho do Distrito Escolar Unificado de Los Angeles, o segundo maior distrito escolar dos Estados Unidos, votarem na semana passada para implementar sua própria proibição de smartphones, que pode começar em janeiro.

“Quando crianças e adolescentes estão na escola, eles devem se concentrar em seus estudos, não em suas telas”, disse Newsom em um comunicado.

A proibição do uso de celulares nas escolas tem sido implementada por estados republicanos, como Indiana e, mais recentemente, a Flórida, sob justificativa de evitar problemas de saúde mental nas crianças e adolescentes.

“Adolescentes que passam mais de três horas por dia nas redes sociais enfrentam o dobro do risco de sofrer sintomas de ansiedade e depressão”, escreveu Murthy em um artigo ao The New York Times no mês passado.

O governo de Nova York, por outro lado, suspendeu uma proibição de celulares aprovada em 2015 para deixar a cargo de cada escola determinar a restrição dos aparelhos ou não.

Segundo um estudo da Common Sense Media no ano passado, cerca de 97% dos adolescentes usavam celulares enquanto estavam na escola.

Outro estudo mais recente da Pew Research Center descobriu que 72% dos professores do ensino médio acreditavam que as distrações do celular eram o principal problema nas salas de aula.

O tema tem sido cada vez mais abordado pelos professores em diversos estados, uma vez que os adolescentes não estão apenas sob risco de ter um péssimo desempenho acadêmico, mas também de desenvolver problemas de saúde mental.

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