Imagens de satélite mostram expansão de bases de espionagem do regime chinês em Cuba

O novo relatório do think tank é a continuação de um relatório anterior, realizado em 2022, quando o Partido Comunista Chinês e o Partido Comunista Cubano firmaram um acordo de defesa e inteligência.

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Novas imagens de satélite divulgadas pelo think tank Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) revelam uma constante expansão das bases de espionagem chinesas em solo cubano, de acordo com o Wall Street Journal.

O novo relatório do think tank é a continuação de um relatório anterior, realizado em 2022, quando o Partido Comunista Chinês e o Partido Comunista Cubano firmaram um acordo de defesa e inteligência.

Na época, também foi citada a construção de uma “instalação conjunta de treinamento militar e centros de escuta telefônica” na ilha, que foram confirmadas em 2023.

As instalações estão a cerca de 112 km da base naval dos Estados Unidos na Baía de Guantánamo, segundo um relatório da CSIS.

A principal preocupação americana, segundo o WSJ, é que a China possa estar usando a proximidade de Cuba com o sudeste dos Estados Unidos para interceptar comunicações eletrônicas sensíveis vindas de bases militares americanas, instalações de lançamento espacial e rotas comerciais.

“São lugares ativos com um conjunto de missões em evolução”, explicou Matthew Funaiole, pesquisador sênior do CSIS, no relatório.

Dois dos locais perto de Havana, Bejucal e Calabazar, têm antenas parabólicas provavelmente projetadas para monitorar e se comunicar com satélites, de acordo com os pesquisadores.

Mesmo que Cuba não tenha satélites, essas antenas seriam úteis para a China, que tem um programa espacial significativo. A antena parabólica mais recente foi instalada em Bejucal, em janeiro, juntamente com outras melhorias de infraestrutura.

Após a publicação do artigo, Vedant Patel, porta-voz adjunto do Departamento de Estado, disse que não confirmaria ou detalharia o assunto. No entanto, ele garantiu que estão “monitorando” a situação e que os Estados Unidos tomarão as medidas apropriadas quando necessário.

Após a publicação do artigo no jornal americano, o vice-ministro das Relações Exteriores de Cuba, Carlos Fernández de Cossío, negou que existam bases de espionagem chinesa na ilha.

O funcionário chamou o texto de parte de “uma campanha de intimidação relacionada a Cuba” que “busca assustar o público com lendas sobre bases militares chinesas que não existem e ninguém viu”.

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