Um estudo do The Economist descobriu que a lista de livros mais vendidos do New York Times é tendenciosa politicamente, favorecendo autores de esquerda em detrimento de autores conservadores.
O estudo revelou que obras de autores conservadores tinham, em média, 7% menos de chance de serem listadas semanalmente como as mais vendidas no jornal.
Contudo, a análise excluiu nomes familiares conservadores na literatura, que, geralmente, aparecem na lista, o que significa que nomes menos conhecidos de editoras conservadoras são os mais afetados.
O estudo ainda descobriu que os livros conservadores que fazem parte da lista dos mais vendidos “(…) ocupam 2, 3 pontos a menos na lista de não-ficção, em média, do que os publicados por outras editoras com vendas semelhantes”.
As editoras conservadoras de baixo volume, ou seja, aquelas que vendem menos de 5 mil exemplares por semana, tiveram uma chance muito menor de obter títulos na lista do que as editoras não conservadoras, mesmo com vendas equivalentes.
Em 2017, a editora conservadora Regnery parou de divulgar os seus números de vendas para o New York Times após descobrir que o jornal editorializou sua lista para excluir os autores conservadores Dinesh D’Souza e Raheem Kassam.
Em resposta ao estudo, o New York Times contestou as alegações de parcialidade pró-esquerdismo.
“As opiniões políticas dos autores ou de suas editoras não têm absolutamente nenhuma influência em nossos rankings e não são um fator na forma como os livros são classificados na lista”, disse o jornal.
“Há várias organizações com listas de mais vendidos, cada uma com suas metodologias diferentes, por isso é normal ver rankings diferentes em cada uma”, acrescentou o comunicado.