Astrônomos da agência espacial americana testaram com uma simulação recente em que as autoridades tentaram planejar um asteroide que tinha 72% de chance de atingir a Terra em 14 anos.

Chamado de “Exercício de Mesa Interagências de Defesa Planetária 5”, o experimento também contou com a participação de pesquisadores da John Hopkins, da Lawrence National Laboratory e da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA).

Depois que o cronograma teórico foi apresentado a um grupo de quase 100 representantes do governo em abril, a NASA descobriu que o melhor plano que eles fizeram para combater o terrível cenário apocalíptico tinha várias “lacunas de alto grau”, ou seja, impraticável, segundo a apresentação.

A simulação envolveu asteroides com tamanhos que variavam de 60 a 800 metros, mas com uma probabilidade mais elevada de ocorrer com aqueles de 100 a 320 metros.

Para complicar o cenário, os cientistas disseram que o asteroide iminente passou atrás do sol, impossibilitando a observação da Terra por pelo menos sete meses.

“As incertezas nessas condições iniciais para o exercício permitiram que os participantes considerassem um conjunto particularmente desafiador de circunstâncias”, disse Lindley Johnson, oficial emérito de defesa planetária na sede da NASA em Washington, em um comunicado à imprensa.

“Um grande impacto de asteroide é potencialmente o único desastre natural que a humanidade tem a tecnologia para prever com anos de antecedência e tomar medidas para prevenir”, acrescentou a agência espacial.

O experimento foi o primeiro a utilizar dados da missão Double Asteroid Redirection Teste (DART) da NASA, uma tecnologia pioneira para proteger o planeta de possíveis impactos de asteroides.

A NASA aponta, em seu comunicado, que aplicar essa tecnologia a uma ameaça real exigiria “muitos anos de planejamento prévio”. No entanto, o teste foi uma forma da agência medir a disponibilidade para uma ameaça potencial de um asteroide e moldar exercícios e estudos futuros.