As autoridades do Estado Islâmico do Irã executaram pelo menos 237 pessoas apenas nos primeiros cinco meses de 2024, segundo um relatório da organização de Direitos Humanos do Irã (IHRNGO).
O número representa uma queda de 32% em comparação com o mesmo número de 2023, quando foram registradas 314 execuções.
Contudo, o motivo da redução de execuções foi as eleições presidenciais que estão ocorrendo no país após a morte do carniceiro de Teerã, o ditador Ebrahim Raisi.
Nas últimas duas décadas, as taxas de execução tenderam a diminuir durante esses tipos de eventos, segundo a ONG.
Porém, foi registrado um aumento de 117% no número de cidadãos afegãos executados em comparação com 2023.
Das 237 execuções, tanto por fuzilamento quanto por enforcamento, 138 foram por crimes relacionados a drogas, 83 por acusações de assassinato, 14 por acusações de moharebeh (ou inimizade contra Deus) e duas por estupro.
Entre os executados estão presos políticos, como Farhad Salimi e David Abdollahi, que foram condenados à morte com base em “confissões obtidas sob tortura e sem o devido processo legal”, segundo a ONG.
Pelo menos 64 execuções foram registradas em maio, das quais 10 eram mulheres.
Segundo a Anistia Internacional, pelo menos 853 pessoas foram executadas no Irã em 2023, um aumento em comparação com os 576 de 2022.
As execuções incluíram 24 mulheres e cinco pessoas que eram menores de idade. A organização ressaltou o impacto desproporcional dessas execuções na minoria baluch do Irã.