Os moradores da cidade de Oakland, uma das mais perigosas de todo o estado da Califórnia, têm sofrido com a violência e a criminalidade generalizada durante as madrugadas, especialmente nos finais de semana.
Em 2023, enquanto os crimes no geral diminuíram em boa parte da Califórnia, os crimes em Oakland aumentaram quase 40%, segundo dados do Departamento da Polícia de Oakland.
O roubo de veículos saltou 44%, o que, na prática, significa que um em cada 30 moradores de Oakland teve o carro roubado, segundo uma análise do San Francisco Chronicle.
A situação caótica na cidade tem afastado não apenas os pequenos e grandes comércios, mas também os moradores, que buscam refúgio em outras cidades e até estados.
Visando a integridade de seus funcionários, lojas como a In-N-Out fecharam permanentemente na cidade por conta de arrombamentos de carros, violência, danos materiais, roubos e assaltos à mão armada.
O centro da cidade, onde geralmente os delinquentes costumam se reunir para instaurar um estado de anarquia, é o que mais tem sofrido uma debandada de comércios e moradores.
Para tentar contornar os arrombamentos de casas, os moradores estão usando buzinas de ar para alertar seus vizinhos sobre intrusos, bem como reforçando a segurança das casas com alarmes, barras de ferro nas janelas e portas.
Segundo o banco de dados da Crime Watch, mantido pelo Departamento de Polícia de Oakland, cerca de 20 arrombamentos de veículos são registrados todos os dias desde o início do ano.
Contudo, acredita-se que os relatórios de crimes do Departamento estejam aquém da realidade. Uma análise da NBC Bay Area Investigative Unit dos relatórios do Departamento e dos dados brutos da Crime Watch revelaram a existência de subcontagens preocupantes que “persistem há anos”.
Tornando o cenário ainda mais favorável à criminalidade, os serviços policiais e os programas de prevenção da violência foram cortados sob forte pressão de grupos fascistas usando o lema “Defund the Police”.
Esse cenário fez com que milhares de oficiais saíssem da corporação, sobrecarregando os que ficaram. Isso levou os moradores a desistir de ligar para a emergência em caso de necessidade.
Com um sistema completamente defasado, segundo relatório do Grande Júri do Condado de Alameda, muitos moradores estão desistindo de ligar para a polícia, já que o tempo médio de resposta é o segundo pior em toda a Califórnia, com 54 segundos em junho de 2023.
O tempo de espera é o triplo dos padrões exigidos pelo Gabinete de Serviços de Emergência do Governador da Califórnia, que é de 15 segundos.
Todos os finais de semana, as corridas ilegais de ruas reúnem milhares de jovens com carros fazendo manobras bruscas, baderna e depredação de estabelecimentos.
Geralmente, os carros são roubados e levados para o evento apenas para serem incendiados enquanto o evento acontece.
Os preços das moradias em Oakland aumentaram consideravelmente nos últimos anos, multiplicando a população sem-teto, que lotam calçadas e rodovias da cidade.
Por consequência da população sem-teto, as preocupações com a segurança pública se elevaram, mesmo que alguém em situação de rua não tenha, necessariamente, mais probabilidade de ser um criminoso do que alguém abrigado.
A questão é que a maioria dos sem-teto são usuários de drogas, especialmente metanfetamina, que também tem sido outro grande problema de saúde pública na cidade.
A metanfetamina, uma droga estimulante altamente viciante, leva muitos usuários a cometer atos de violência em busca de mais recursos para adquirir novamente a droga.
Além disso, a droga tem causado uma epidemia de overdoses na cidade. A droga tem potencial de induzir psicose nos usuários, levando a danos psicológicos a longo prazo. Também causa uma série de problemas crônicos graves de saúde, incluindo danos ao coração e ao cérebro, aumentando o risco de ataques cardíacos e derrames.
A nível local, os registos fornecidos pelo Gabinete do Legista do Condado de Alameda pintam um quadro ainda mais sombrio. Eles sugerem que o número de mortes relacionadas à metanfetamina cresceu até 16 vezes nos últimos cinco anos, de 10 mortes em 2017 para 166 mortes atribuídas, pelo menos em parte, ao uso de metanfetaminas em 2022.
O pior é que os moradores que elegeram a esquerda na região não aguentam, mudam para estados republicanos e lá elegem os “democratas”