Estudantes e policiais entraram em confronto na capital de Bangladesh nesta quinta-feira, 18, após a convocação de uma manifestação em massa.
Os protestos, que começaram em 1 de julho, ocorrem depois que a Suprema Corte do país restabeleceu no mês passado a cota de empregos que reserva um terço dos cargos no serviço público para filhos de combatentes que participaram do movimento de libertação em 1971.
Os estudantes querem a abolição da cota de 30%, mas o governo não cedeu. Além disso, por conta dos protestos, anunciou o fechamento por “tempo indeterminado” de todas as universidades públicas e privadas a partir de quarta-feira.
A primeira-ministra Shiek Hasina, filha do Sheik Mujibur Rahman, que liderou a independência de Bangladesh do Paquistão, recusou-se a atender às demandas dos manifestantes e os rotulou como “razakar”, um termo usado para aqueles que supostamente colaboraram com o Exército paquistanês durante a Guerra de 1971.
Revoltados, os estudantes se organizaram e estão realizando protestos em massa há dias. No entanto, os manifestantes começaram a entrar em confronto com membros da ala estudantil do Partido governista.
Segundo o Hospital da Faculdade de Medicina de Daca, um total de 19 pessoas morreram nas manifestações.
A agitação nacional, a maior desde que o primeiro-ministro Sheikh Hasina foi reeleito pela quarta vez, é alimentada pelo alto desemprego entre os jovens, com quase um quinto dos 170 milhões de habitantes sem trabalho ou educação.