Quase metade da população da Venezuela pretende fugir do país se Maduro não deixar o poder, diz pesquisa

A permanência do chavismo no poder da Venezuela, somada à falta de soluções políticas viáveis, pode desencadear um fluxo migratório ainda maior, revelou uma nova pesquisa do Instituto Meganálisis. Isso porque cerca de 43,2% da população da Venezuela pretende fugir do país caso o ditador Nicolás Maduro não passe o cargo em 10 de janeiro […]

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A permanência do chavismo no poder da Venezuela, somada à falta de soluções políticas viáveis, pode desencadear um fluxo migratório ainda maior, revelou uma nova pesquisa do Instituto Meganálisis.

Isso porque cerca de 43,2% da população da Venezuela pretende fugir do país caso o ditador Nicolás Maduro não passe o cargo em 10 de janeiro de 2025, dia em que seu mandato se encerra e que o presidente eleito, Edmundo González Urrutia, deveria assumir.

Na prática, isso equivale a mais de 10 milhões de venezuelanos dispostos a imigrar para países vizinhos, incluindo 6,9 milhões de eleitores.

Esse percentual de 43% inclui aqueles que ainda não têm uma data específica para sua partida, mas já estão considerando seriamente a opção.

Segundo a amostra da pesquisa, cerca de 2,7 milhões de venezuelanos ainda não definiram quando vão sair do país, enquanto outros 2,6 milhões planejam fazer isso em algum momento do ano que vem. Outros 1.5 milhão de eleitores, estes mais determinados, planejam deixar o país até dezembro deste ano. Cerca de 600 mil eleitores disseram que estão deixando o país até o final do próximo mês.

A diáspora venezuelana, no entanto, levará a uma crise política e social em vários outros países da América Latina, especialmente seus vizinhos mais próximos, como Colômbia, Peru, Chile, Equador e Brasil.

De acordo com dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), em abril deste ano, havia 7,7 milhões de imigrantes e refugiados venezuelanos em todo o mundo, sendo 6,6 milhões residindo em outros países da América Latina.

O êxodo venezuelano é tão impactante que é maior do que os números de todos os países em guerra atualmente, como a Ucrânia (6 milhões), a Síria (5,5 milhões) e o Sudão do Sul (2 milhões).

A Colômbia, vizinha da Venezuela e principal receptora dessa migração, abriga atualmente 2,8 milhões de venezuelanos, concentrados principalmente em Bogotá.

Essa preocupação colocou as autoridades colombianas em alerta, assim como as autoridades de outros países da região, que já discutem como lidar com o provável êxodo.

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