A Walgreens divulgou um comunicado informando que fechará mais de duas mil lojas em todo o país devido à inflação, o que levou os clientes a reduzirem os seus hábitos de consumo.
O CEO da Walgreens, Tim Wentworth, disse durante uma teleconferência de resultados na última quinta-feira que “O modelo atual de farmácia não é sustentável”.
Apenas 75% das lojas da empresa respondem por 100% da receita operacional ajustada da empresa.
Dessa forma, um quarto de suas 8.600 farmácias enfrentará fechamentos nos próximos anos, ou seja, mais de 2.150 lojas irão fechar as portas, de acordo com a CBS News.
“As mudanças são iminentes”, disse Wentworth sobre os fechamentos que se aproximam, no entanto, destacou, “não há um número exato”.
O CEO acrescentou que a Walgreens fechará lojas que estão com desempenho abaixo do esperado, mas que alguns locais também podem ser alterados em seus lucros. Com preços altos e inflação, os consumidores têm sido “cada vez mais seletivos e sensíveis aos preços em suas escolhas”.
Há cerca de um mês, a Walgreens reduziu os preços de 1.300 produtos para acompanhar as oscilações de preços, uma vez que a economia demonstrava sinais de desaceleração, assim como outros estabelecimentos de varejo.
A empresa não tem planos de demissões em massa e acredita que os funcionários desses locais de trabalho podem migrar para outros. Ele acrescentou que a “pegada” da empresa permanecerá a mesma, embora com menos funcionários no local.
Desde que Joe Biden assumiu o cargo em 2021, os preços dos bens no Índice de Preços ao Consumidor subiram cerca de 20% em média. A Casa Branca, que cunhou o termo “Bidenomics” para falar sobre o “sucesso” da economia, tem usado esse termo cada vez menos nos últimos meses, segundo o USA Today, justamente por conta da economia ter sido um dos principais problemas para a maioria dos americanos e uma grande pauta negativa para Biden nos debates presidenciais.