Satanistas querem se voluntariar nas escolas da Flórida em resposta ao esforço do governador Ron DeSantis de integrar mais a religião no sistema de escolas públicas do estado sob um programa de capelães voluntários que entrou em vigor na semana passada.
A lei (HB 931), aprovada em 1 de julho, basicamente permite que capelães escolares voluntários “forneçam apoio, serviços e programas aos alunos” das escolas públicas do estado, segundo o The Guardian.
Os capelães são ministros (padres/pastores) religiosos autorizados a prestar assistência e a realizar cultos. No caso da lei, seria para fornecer serviços e programas de apoio aos alunos.
A lei, em grande parte, deixa a cargo das escolas e distritos escolares determinar como os programas de capelão serão implementados e exige apenas que os pais sejam informados sobre os serviços e aprovem a solicitação para que seus filhos participem dos programas.
Assim que o Templo Satânico (TST) demonstrou intenções de se infiltrar no estado sob a lei, o Diretor de Comunicações de DeSantis, Bryan Griffin, rapidamente barrou a hipótese.
Lucien Greaves, cofundador e porta-voz do TST, disse que, se um distrito escolar da Flórida aproveitar a oportunidade de introduzir um programa de capelania em suas escolas, o TST “ficará feliz em particular”.
“Ao aprovar o projeto de lei do capelão escolar, o incompetente governador obcecado pela Guerra Cultural da Flórida, Ron DeSantis, mentiu abertamente ao público e afirmou que capelães satânicos não seriam permitidos”, disse ele em entrevista à Fox News.
Depois que DeSantis assinou a lei em abril, Greaves o desafiou para um debate sobre liberdade religiosa depois que o governador disse que satanistas especificamente não teriam permissão para participar sob a lei, pois é “não é uma religião”.
Mas os satanistas rebatem alegando que são uma igreja “e nossa condição religiosa foi confirmada por um juiz federal em 2020”.