Zelensky e Orbán aceitam superar as diferenças para buscar por um acordo de paz com a Rússia

A visita de Orbán foi inesperada, isso porque as relações entre Hungria e Ucrânia são complicadas há muitos anos.  

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O primeiro-ministro da Hungria, o conservador Viktor Orbán, visitou a Ucrânia nesta terça-feira, 2, pela primeira vez em doze anos, para superar as diferenças e buscar por um cessar-fogo e, futuramente, um acordo de paz com a Rússia.

A visita de Orbán foi inesperada, isso porque as relações entre Hungria e Ucrânia são complicadas há muitos anos.

No entanto, foi aparentemente acordada durante a cúpula da UE na semana passada, da qual Zelensky participou e teve uma discussão acalorada com o próprio Orbán.

A Hungria assumiu a presidência rotativa da União Europeia na segunda-feira, o que significa que, nos próximos seis meses, liderará os trabalhos do Conselho e representará todos os Estados-membros nas negociações com outras instituições.

A Hungria é o único Estado-membro da União Europeia que, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, há dois anos, se recusa a enviar armamento por receio de prolongar ou intensificar a guerra.

Embora a Hungria tenha acolhido dezenas de milhares de refugiados ucranianos e enviado ajuda humanitária à Ucrânia, Orbán tem sido rotulado pela grande mídia ocidental como “ditador” e “fascista”.

Orbán pediu para Zelensky que considerasse reverter a ordem das negociações e acelerar um acordo de paz com um cessar-fogo primeiro. “Um cessar-fogo vinculado a um prazo daria uma oportunidade para acelerar as negociações de paz”, disse o primeiro-ministro húngaro.

Ambos os líderes concordaram na reunião em deixar para trás as disputas do passado e trabalhar para melhorar as relações bilaterais, com o objetivo de chegar a um acordo de cooperação abrangente com a Ucrânia e apoiar a modernização da economia ucraniana.

Gabriel Ferrigno
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Gabriel Ferrigno

Jornalista independente e OSINT que já cobriu diversas guerras em tempo real, como a Guerra da Ucrânia, em 2022, e a guerra entre Israel e o Hamas, em 2023, bem como vários outros acontecimentos pelo mundo, como o lockdown na China durante a pandemia.

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