O governo de Javier Milei declarou neste sábado, 13 de julho, o Hamas como uma “organização terrorista internacional”, segundo um comunicado do escritório do próprio presidente Milei.
O comunicado cita o fato de que o Hamas assumiu a autoria das atrocidades cometidas durante o ataque surpresa ao sul de Israel ocorrido em 7 de outubro do ano passado, além de que o grupo possui uma “extensa história de ataques terroristas”.
O grupo foi adicionado a lista de Registros Públicos de Pessoas e Entidades Vinculadas a Atos de Terrorismo e seu Financiamento (REPET), pertencente ao Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos do governo da Argentina.
“Esta organização com área de atuação em Gaza e Israel, é uma organização que se declara jihadista, nacionalista e islamista, estabelece na sua carta fundadora que o seu objetivo é o estabelecimento de um Estado Islâmico na região histórica da Palestina, considerando Israel uma potência ocupante e que deve eliminar dos ‘territórios Palestinos'”, diz o comunicado.
O anúncio ocorre em meio ao fortalecimento das relações do governo de Milei com Israel e pouco após a Argentina reconhecer o Irã como o verdadeiro responsável pelos atentados terroristas na Argentina em 1991 e 1994.
Segundo uma extensa investigação, o grupo terrorista Hezbollah, financiado diretamente pelo Irã, realizou dois atentados contra a embaixada israelense e a sede judaica em Buenos Aires, que resultou na morte de mais de 80 pessoas.
O Hamas já é considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos, União Europeia, Israel, Reino Unido, Japão, Canadá, Austrália e outras nações.